RONALDOEVANGELISTA


hitsville







E essas fotos de divulgação da Motown, fins dos 60? Estilo não faltava.

(Peguei aqui, mais aqui.)

Marcadores: , , , , ,

tubarão, disco voador



A session Estúdio A foi a oportunidade perfeita de Bruno Morais gravar duas versões de amigos compositores que anda cantando em shows, Romulo Fróes e Lulina. Do Romulo, em parceria com Nuno Ramos, a inédita "Cidade baixa". Da Lulina, uma de suas mais antigas e charmosas, recentemente redescoberta toda Cristalina, "Bichinho do sono". // Maior achado: com sua voz sussurrada e criação musical orgânica, cheia de faíscas, Bruno revela e sugere nuances, detalhes, intenções do universo fantástico de Lulina e leva a música em ritmo de acordando pra onde não possam ver, ferir nem matar. Versão dubificada, com climas e samples, Zé Passetti na guitarra, Ricardo Prado no baixo, Guilherme Kastrup na bateria e MPC e Guizado no theremin e trompete, gravado e mixado na YB pelo grande Cacá Lima.

As duas primeiras gravações do Bruno desde o lançamento de A Vontade Superstar, Estúdio A, baixe aqui. Bichinho do sono no play, logo abaixo:



minha mão encostou no chão
o chão frio me lembra o ar
que eu respiro sem controlar
o que penso, onde vou parar

vejo tudo na escuridão
eu agora sou japonês
os carneiros já vão chegar
os carneiros vão me ajudar

a dormir e acordar feliz
se eu sonhar com você

tubarão, disco voador
esqueço a roupa ninguém me vê
minha saliva já vai secar
não consigo mais me mexer

olho vira, ele quer olhar
o que esté dentro, o que se perdeu
eu queria ficar por lá
só tua mão pode me ajudar

a dormir e acordar feliz
se eu estiver com você

Marcadores: , , , ,

Estúdio A






Finzinho de 2008, me juntei ao pessoal da YB para bolar projetos legais para comemorar os dez anos da gravadora em 2009 e sintonizar as pessoas nos incríveis lançamentos recentes deles. Nessa onda, entre várias ações, criei com eles a roda de debates Think Tank, expandi os canais de comunicação do selo com blog, twitter, flickr, vimeo, formatei lançamentos de arquivos da gravadora em CDs promos, encorajei a volta do Nouvelle pra uma semana de shows do selo (no MIS e no Auditório Ibirapuera) e, mais legal de tudo, inventei a idéia do Estúdio A: aproveitar o sensacional estúdio principal da gravadora para registrar em som e imagem gravações luxuosas de novos artistas ou novidades dos artistas da casa.

Mais que vídeos: singles virtuais, possibilitando gravações das melhores inéditas dos melhores novos e apontando pra um futuro possível da gravadora, além dos dez anos passados e dos tantos lançamentos bons de 2009. Canal de produção preza pra galera nova, contato direto com novos caminhos pra gravadora. Assim, fizemos um piloto com Juliana R e deixei a lista de sugestões dos novos artistas mais legais: Tulipa Ruiz, Marcelo Jeneci, Blubell com o À Deriva, Bárbara Eugênia, além de encorajar Lulina a registrar duas novas e Bruno Morais a mostrar as versões de Lulina e Romulo que andava cantando.

Passo seguinte Marcelo Souza e Ding Musa transformaram minha idéia em vídeos lindos e aquilo tudo foi virando um mosaico de histórias, pessoas, relações, cena, partindo da YB pra chegar na galera e mostrar elegantemente o que todos fazem melhor: música. Certeza que logo menos vemos todo o material captado e captando-se realizado em algum documentário, especial, DVD, site e tudo mais, e já e enquanto isso, num especial da MTV, hoje à noite, 19h45, reprise dia 29 às 19h.

Marcadores: , , , , , , , , ,

eu sou eu, nicucu é o didi



Como previsto, maior massa a Bendita de sábado passado. Festa astral, todo mundo ao redor de sorriso no rosto. Valeu pelo convite e valeu todo mundo que curtiu e dançou comigo, inspirando set vinil brasil setenta afiado: de Wanderléa cantando Jorge Mautner a Lena Rios cantando Raul Seixas, Gil com a Gal no forró gostoso pra danar e Odair Cabeça de Poeta no Xique-Xique do Tom Zé, os afro-funks do MPB4 e Antonio Carlos & Jocafi, a dobradinha Verocai de Célia e Melodia e várias delícias de impromptu.

(foto da Alice Coutinho, do flickr da festa.)

Marcadores: ,

the curious resurgence of vinyl



J&R Music, at 23 Park Row southeast of City Hall Park, now carries 21 different turntables at prices ranging from $85 to $875. Some are traditional analog record players; others are designed to connect to computers for converting music to digital files.

Rachelle Friedman, the co-owner of J&R, said the store is selling more vinyl and turntables than it has in at least a decade, fueled largely by growing demand from members of the iPod generation.

“It’s all these kids that are really ramping up their vinyl collections,” Ms. Friedman said. “New customers are discovering the quality of the sound. They’re discovering liner notes and graphics.” In many instances, the vinyl album of today is thicker and sounds better than those during vinyl’s heyday in the 1960s and 1970s.

Sales of vinyl albums have been climbing steadily for several years, tromping on the notion that the rebound was just a fad. Through late November, more than 2.1 million vinyl records had been sold in 2009, an increase of more than 35 percent in a year, according to Nielsen Soundscan.


Pronto, depois do LA Times e da Billboard (e tantos outros, but who's counting?), o NY Times anunciou: o vinil voltou. // As vendas de LPs (contando só prensagens novas) subiram 37% em 2009. As de CDs caíram 20%. Te diz alguma coisa?

(foto daqui.)

Marcadores: , ,

nome cumprido xique-xique



Tom Zé sempre gostou da brincadeira de reescrever, recriar, recontextualizar, reciclar, remixar, mashupar, auto-plagiar, como quiser chamar. Vai vendo: "Jimmy Renda-se", 70, vira "Dor e dor" em 72. "Que bate calado", 73, vira "Dói" em 76, com o refrão de "Feitiço", 69. "O sândalo", 72, que já havia sido "Escolinha de robô" em 70, depois vira "Gene" em 98. Sem falar em "", 76, depois "Nave Maria" em 84.

"Xiquexique", de suas criações mais intensas e irresistíveis, sempre disse muito pelo uso da repetição do riff áspero e hipnótico sobre (ou sob?) o groove baião - que, aliás, é tão forte na raiz de Tom Zé, apesar de parecer diluído nos seus caminhos tropicalistas e pós-tropicalistas. Mais famosa na versão do disco Com Defeito de Fabricação, de 98 (dos melhores de Tom Zé da década), ela já havia sido concebida quase idêntica pra a trilha de Parabelo, aquele reco-reco vocoder analógico, letra de Zé Miguel Wisnik e vocal de Arnaldo Antunes, um ano antes. Em 2008 veio também no Danç-Êh-Sá Ao Vivo, cheia de onomatopéias e jogos de palavras. Faz todo o sentido: nos seus shows, é comum ao final de todo o fluxo de informações do discurso musical e verbal de Tom Zé a banda se entregar ao groove de Xique-Xique e toda a galera levantar e dançar.

Tudo isso pra mostrar as origens do loop que deu origem à série, maior hit. Odair Cabeça de Poeta e Grupo Capote, O Forró Vai Ser Doutor, Cid, possivelmente 1975. Entre 72 e 75, o Capote era a banda de apoio de Tom Zé em discos e shows, então foi natural: três faixas produzidas, texto de contracapa e cinco faixas co-compostas por Tom Zé (ou Tonzé, como assina), inclusive "Você inventa", em 76 refeita no Estudando o Samba.

E, é claro, "A dor é curta e o nome cumprido":



psiu
psiu

ô chamei
ô quem é
ô que dor
ô amor

psiu
psiu psiu

ô chamei
ô chamei
ô quem é
ô quem é
ô que dor
ô que dor
ô amor
ô amor

Marcadores: , ,

total space



mixtape nova, afrofunks espaciais, aqueles grooves, pianos elétricos, flautas, breaks e improvisos. dedicada a curumin, lurdez da luz, emicida, mauricio fleury, marcelo jeneci, rica amabis, bocato, soul dubs, waltinho abud, joão ciriaco, biancamaria binazzi, ramiro zwetsch, rodrigo nuts, bruno morais, tom noble, céu, alcy, brian cross.
salve.

e se chegar no Baile de Goodbye 2009 hoje leva uma cópia.



lumumba - twoo boe
rolf kühn - miss maggie
hysear don walker - children of the night
bobby hutcherson e harold land - ummh
william fischer - gurea da
oliver nelson - skull session
the awakening - slinky
weldon irvine jr - we getting down
roy ayers - searching
yusef lateef - african song
mulatu astatke - mascaram setaba

Marcadores: , , ,

dois mil em dez



Pouco menos de um ano atrás, 2009 estava começando, aposto que você aproveitou um dia de silêncio em São Paulo ou naquela viagem pra pensar: "esse ano tem que ser assim"; assim sendo tudo aquilo do mundo encantado do ano novo. Nós, estávamos empolgados e pensamos em planos que juntassem as coisas que mais amávamos e acreditávamos, se espalhando aos poucos e explicando peça por peça as idéias que nos moviam.

Anti-hype, som bom, entrada gratuita foi nosso lema quando inventamos Ronaldo, Mauricio e Peba de assumir o Baile Veneno como uma festa semanal, sempre free, só nos vinis, com sets especiais dos amigos mais legais e mixtapes distribuídas pra geral, sempre no Astronete, logo depois da sessão das dez do Cine Astro (com os inacreditáveis filmes da coleção do Medusa). Beirando o um ano depois, dá pra dizer fácil que as quartas-feiras do ano foram a passagem secreta pra diversão sem fim, a base de operações da good vibe, o momento de parar um segundo, respirar e pensar, "ufa, agora um pouco de música pra dançar e idéias legais pra trocar", antes de atravessar a cortina vermelha e virar a noite com amigos.

Por isso, para agradecer todo mundo que ajudou, participou, colaborou, apareceu, dançou, falou, tocou, patinou, brigou, desenhou, flertou, curtiu, divertiu, casou, descasou, fotografou, filmou, fumou, arrasou, o convite, de coração: hoje, quarta 16 (meia-noite, de graça) é a nossa última festa do ano e planejamos nos despedir de 2009 felizes, entre especiais, ouvindo e tocando música boa.

Beijo especial pra minha mãe, pro meu pai, pra você e pra todos os melhores DJs do mundo que animaram com a idéia, afiaram a coleção de vinis, colaram no Veneno pra fazer a mágica acontecer e nos mostraram tantos sons bons, para tantos pés e quadris animados: Waltinho Abud, Nirso, Camilo Rocha, Mexicano e Fábio do Roots Rock Revolution, Benja, Tahira, Magrão, Rodrigo Brandão, Guizado, Paulo Beto, Frasa, Mok, Marco Alemão, Komodo, Bruno Palazzo e Claudio Medusa, além do grande chapa Ramiro Zwetsch - que na onda de melhores do ano, e se o siso não causar, vem tocar com a gente no Gran Finale de 2009.

Marcadores: , , ,

heads



Desacreditei quando olhando despretensiosamente a seção de fusion ou jazz-rock ou similar daquele sebo dei de cara com essa capa maravilhosa, de um disco absolutamente idem, Osibisa, baratão. Alegria do dia, da semana, do Veneno Goodbye 2009, do fim de ano. O som? É 1972 com aquela pegada afro, na onda do Cymande (como eles, formado por expatriados africanos - e caribenhos - em Londres), a ver com Santana, Mandrill, War, cê tá ligado. A capa? É do mesmo Marti Klarwein que fez as imagens do Abraxas e do Bitches Brew. Nada mal pra tarde chuvosa de segunda.

Marcadores: , , , ,

bendito finde



Em clima de melhores do ano, lembro que minha participação na Bendita Festa em agosto foi das mais legais de sempre: fiz um extended set Brasil Setenta na ponta da agulha, pista delícia, alegria pura do começo ao fim, maior astral. E a felicidade de saber que foi recíproco e as geniais Ana e Alice me convidaram pra última do ano, pleno sabadão? Já vou selecionar só os destaques do ano na pista do Veneno e levar os melhores vinis pra passear antes do nosso Gran Finale quarta que vem. // Amanhã toco pela uma e pouco, mas chego antes pra dar uma curtidinha que elas deixam.

Marcadores: , ,

manobra



Várias coisas legais rolando esse finde na Casa das Caldeiras, dos melhores espaços em São Paulo, do jeito mais legal: de graça. Manobra 09, projeto do Felipe com toques do Ramiro. Domingão saio correndo da feira pra ver o Trio Esmeril com Kiko Dinucci e se pá até o Dubversão. Let's?

Marcadores: , , ,

mulher bonita não paga



Também não leva, mas dá pra curtir: domingão, bazar de discos no Astronete, além de fazer seleção musical com pérolas suaves e achados especiais, aproveito pra fazer a rapa em repetidos, desinteresses e desapegos e levar vários da coleção pra jogo, incluindo todos da colagem acima mais alguns tantos.

Legal demais sair por aí com fone n'ouvido e milhares de músicas boas no play no bolso. Maravilhoso ouvir aquele disco no som do carro, dando rolê. Muito classe descobrir um som de manhã, baixar num blog à tarde e à noite já mandar a melhor pro brother. Mas ainda, 60 anos depois da invenção do long playing, o jeito mais perfeito de ouvir música, pra todos os sentidos, ainda é colocando aquele disco pra girar embaixo da agulha. Ouvir um lado, virar o disco, ouvir o outro lado, achar o ponto, pegar na capa, ver a arte, ler a ficha, entrar no disco, ir e vir, descobrir os pontos áureos - e às vezes lembrar de outros, mostrar e passar adiante - é cumprir um ritual de prazer que nasceu junto com o formato e ainda não tem substituto.

Delícia fazer a trilha da garimpagem num domingo à tarde, depois de tantos rolês por feiras em boulevards e salas cheias de maravilhas empoeiradas no centro:

BAZAR DE DISCOS
Big Papa & Astronete
Domingo, 13/12, meio-dia em diante
Rua Matias Aires 183
seleção musical VENENO CREW
só colar

be there or be [].

Marcadores: , , ,

convenção




The Roosevelt was not just a record show. It was a room filled with a cacophony of sounds that included hushed conversations, shrieks of delight, and sighs and cries of missed gems. As the show grew, so did the dealers and the customers. More and more dealers were bringing turntables and speakers to show off and preview their wares. The constant buzz of conversation colored the endless beats and grooves that fluctuated like an old tube radio that would pick up one station one moment and another the next. You would hear James Brown in one corner; and then some free jazz wailing like a siren from another. The Delphonics would have everyone singing along and bringing old memories to the surface of consciousness, before a killer beat would have heads boppin’ and minds racing.

*

Ó a sintonia pra abençoar: na semana em que acontece a primeira feira de vinis dentro do Astronete, domingo agora, parceria com grande Big Papa e seleção sonora da Veneno Crew, a galere da Wax Poetics jogou no blog deles texto (da revista, em 2004) sobre a feira do hotel Roosevelt, Manhattan, Nova York, méca de beats.

Marcadores: , , ,

en melody



Estreou ontem na pista do Veneno o mais novo membro do clube dos discos mais amados da estante aqui de casa. Ah! Gainsbourg...

Marcadores: , , , ,

the culture of rap




Falando no Emicida, e o Pepeu? Mó bom.

Marcadores: ,

fazer rima é a parte fácil



Tem uma parada que eu sempre me pergunto, uma parada que sempre me apeguei e me apego ainda hoje. Quando vou dar uma olhada nos meus e-mails, essas coisas, tem maior galera que se identifica com as músicas e aí tem dois e-mails dos caras que falam “ah, cê se vendeu”. Aí eu falo, mano, vou responder esses 300 e-mails dessas pessoas que tão emocionadas, falando que o bagulho é a vida delas, ou vou me ater a esses caras? Mesma coisa na vida. Me perguntei, porra, eu vou despejar mais isso nas pessoas? Elas já são expostas a isso sem querer, e o lugar onde eu poderia fazer com que elas se sentissem melhor pra lutar contra isso até, que é a minha música, eu vou despejar mais uma face disso? Então eu opto por... Não escondo, sei que vi, vejo hoje, vou ver ainda várias coisas que vão ser desagradáveis. Só que acredito que as pessoas têm que saber discernir. Tá, tem várias merdas, mas, mano, você precisa ter frieza, olhar as coisas e falar: mano, não é só isso, tem coisas boas acontecendo, tá ligado? Tem pessoas boas no mundo.

Emicida, no caminho massa da good váibe, gente certa é gente aberta, altas idéias na cabeça e na rima. Já se ligou? Daqui um ano rei, dois lenda e três passado. // Pedro Alexandre Sanches sentou e trocou maior idéia com ele, trecho acima. // Foto, Ênio Cesar, daqui.

Marcadores: ,

Cacilda



Hoje, 21h, na onda de reestréia do teatro Cacilda Becker, só a galere: Lulina e Jeneci tocam; semana que vem Bruno e Anelis; na outra Tulipa e Iara. Todo mundo na preparação da dominação completa que vai ser 2010. Perder é vacilo.

Marcadores: , , ,


Busca


[All your base are belong to us]

Evangelista Jornalista
Investigações Artísticas

*Anos Vinte







@evansoundsystem



Feed!



© 2001-2010 Ronaldo Evangelista