De repente, as coisas já não são as mesmas
2 Comments Published by Ronaldo Evangelista on quinta-feira, 11 de dezembro de 2008 at 4:06 PM.
Honrado, aceitei convite do Mini para fazer um post no Conector. Aproveitei a oportunidade e escrevi sobre a necessidade de nos apaixonarmos todos os dias - e como essa paixão nos move a criar.
Aqui ou abaixo:
Outro dia estava eu na casa de uma amiga e ela me mostra uma pilha de fanzines recém-entregues pelo carteiro. Todos geniais, mas um especial me fascina: folheio de capa a capa, folheio de novo e quinze minutos depois, quando o assunto já mudou, quero folheá-lo novamente. Depois de mais algum tempo inspirado por algo ali que não sei explicar, finalmente falo: vamos fazer um fanzine?
Entre o momento em que alguém resolveu fazer seu zine e esse mesmo zine passeou pelo mundo e chegou nas nossas mãos, algo aconteceu. Entre a tesoura e o photoshop, a gráfica e o correio, nasceu algo maior do que a soma das partes. Uma idéia virou resultado e a criatividade se transformou em uma mensagem que só depende de chegar ao alcance da pessoa certa para cumprir seu papel e inspirá-la.
Você está dizendo o que disse a Miranda July, notou minha amiga ao ouvir minha digressão. E me mostrou o vídeo acima (ali pelos 3:40): "I guess my favorite thing in the world is when I look at a piece of art or read a story or watch a movie where I walk away feeling like, 'Oh my God, I have to do something, I have to make something or talk to someone. Things are not the same anymore'."
E, veja só, mais do que comentar a arte, estamos falando de uma escolha de vida, onde a inspiração é uma busca diária. A visão ordinária não serve mais: pra quê o mesmo, se podemos ter diferente; pra que o médio, se podemos buscar o especial? Se você tem um blog e convida dez pessoas para postar nele na sua ausência, com a confiança de que não importa o que façam vão instigar a sua curiosidade, é porque é assim. Se você conhece o Mini e está lendo este blog, é porque também é assim.
E somos assim o tempo todo, viciados nas coisas grandes e pequenas que nos ajudam a notar o que antes não percebíamos e nos inspiram a ter idéias novas. Seja um fanzine estiloso, uma banda nova que te conquista, um blog cheio de coisas bonitas, um disco que não sai da vitrola, aquele vídeo surreal achado no YouTube ou o filme que entra sob sua pele. De repente, as coisas já não são as mesmas.
Nessa nova vida de jovens adultos que engole minha geração é fácil esquecer quais afinal são os pilares de nossas fundações. Amor, trabalho, grana, sucesso? Os mais loucos não largam a busca pela mágica de cada pequena coisa e a inspiração consciente de cada ato. A constante faísca de criatividade que nasce de ver, fazer e viver coisas bonitas.
Agora pense na web 2.0, no quanto a interatividade é essencial em nossos tempos, na importância da relação imediata entre qualquer post em blog, vídeo no YouTube, música no MySpace, publicidade viral, marketing de guerrilha e quem está consumindo cada coisa como batata frita de fast food. Em qualquer discussão sobre o futuro da mídia, qualquer mídia, uma verdade é desde sempre o ponto de partida: sobrevive quem conquista e mantém o público.
Como você já sabe, quando se trata de idéias hoje todo mundo é produtor e consumidor em tempo real. As idéias circulam nas internetes em velocidade warp e, mais, vivemos com a completa facilidade de criar nossos próprios canais de notícias, referências, influências, amizades, com readers de rss, Technorati, We heart it, last.fm, Pandora e tantos outros esquemas de que ninguém ainda ouviu falar.
O que não interessa você apaga do radar, o encontro casual vira assinatura de feed e quando você vê a casa está de pé: cada um com seu universo e todos se conectando. Impossível não encontrar a inspiração diária. Mas, dentro da avalanche de informações do novo mundo, você vai ter que gostar tanto daquilo que tem que fazer algo.
Aqui ou abaixo:
Outro dia estava eu na casa de uma amiga e ela me mostra uma pilha de fanzines recém-entregues pelo carteiro. Todos geniais, mas um especial me fascina: folheio de capa a capa, folheio de novo e quinze minutos depois, quando o assunto já mudou, quero folheá-lo novamente. Depois de mais algum tempo inspirado por algo ali que não sei explicar, finalmente falo: vamos fazer um fanzine?
Entre o momento em que alguém resolveu fazer seu zine e esse mesmo zine passeou pelo mundo e chegou nas nossas mãos, algo aconteceu. Entre a tesoura e o photoshop, a gráfica e o correio, nasceu algo maior do que a soma das partes. Uma idéia virou resultado e a criatividade se transformou em uma mensagem que só depende de chegar ao alcance da pessoa certa para cumprir seu papel e inspirá-la.
Você está dizendo o que disse a Miranda July, notou minha amiga ao ouvir minha digressão. E me mostrou o vídeo acima (ali pelos 3:40): "I guess my favorite thing in the world is when I look at a piece of art or read a story or watch a movie where I walk away feeling like, 'Oh my God, I have to do something, I have to make something or talk to someone. Things are not the same anymore'."
E, veja só, mais do que comentar a arte, estamos falando de uma escolha de vida, onde a inspiração é uma busca diária. A visão ordinária não serve mais: pra quê o mesmo, se podemos ter diferente; pra que o médio, se podemos buscar o especial? Se você tem um blog e convida dez pessoas para postar nele na sua ausência, com a confiança de que não importa o que façam vão instigar a sua curiosidade, é porque é assim. Se você conhece o Mini e está lendo este blog, é porque também é assim.
E somos assim o tempo todo, viciados nas coisas grandes e pequenas que nos ajudam a notar o que antes não percebíamos e nos inspiram a ter idéias novas. Seja um fanzine estiloso, uma banda nova que te conquista, um blog cheio de coisas bonitas, um disco que não sai da vitrola, aquele vídeo surreal achado no YouTube ou o filme que entra sob sua pele. De repente, as coisas já não são as mesmas.
Nessa nova vida de jovens adultos que engole minha geração é fácil esquecer quais afinal são os pilares de nossas fundações. Amor, trabalho, grana, sucesso? Os mais loucos não largam a busca pela mágica de cada pequena coisa e a inspiração consciente de cada ato. A constante faísca de criatividade que nasce de ver, fazer e viver coisas bonitas.
Agora pense na web 2.0, no quanto a interatividade é essencial em nossos tempos, na importância da relação imediata entre qualquer post em blog, vídeo no YouTube, música no MySpace, publicidade viral, marketing de guerrilha e quem está consumindo cada coisa como batata frita de fast food. Em qualquer discussão sobre o futuro da mídia, qualquer mídia, uma verdade é desde sempre o ponto de partida: sobrevive quem conquista e mantém o público.
Como você já sabe, quando se trata de idéias hoje todo mundo é produtor e consumidor em tempo real. As idéias circulam nas internetes em velocidade warp e, mais, vivemos com a completa facilidade de criar nossos próprios canais de notícias, referências, influências, amizades, com readers de rss, Technorati, We heart it, last.fm, Pandora e tantos outros esquemas de que ninguém ainda ouviu falar.
O que não interessa você apaga do radar, o encontro casual vira assinatura de feed e quando você vê a casa está de pé: cada um com seu universo e todos se conectando. Impossível não encontrar a inspiração diária. Mas, dentro da avalanche de informações do novo mundo, você vai ter que gostar tanto daquilo que tem que fazer algo.
Marcadores: Miranda July, tiadd
eu também me sinto assim. Miranda July tá conquistando meu coração...
esse post foi muito foda. miranda july é uma das pessoas mais sinceras e lindas que já vi. a pacolli tb.
e o post foi mto sincero e lindo tb.
:)