Sem revolução não dá pé
2 Comments Published by Ronaldo Evangelista on sexta-feira, 23 de janeiro de 2009 at 1:47 PM.Mauricio, grande companheiro desse ato de heroísmo que são os longos rolês a pé pelo centro de São Paulo, me dá a letra do primeiro curta do Rogério Sganzerla, DOCUMENTÁRIO, de 1966. // Andrea Tonacci e o próprio Sganza (nas peles de Vitor Loturfo e Marcelo Magalhães) andam, tomam café, contam dinheiro, folheiam quadrinhos, conversam sobre aquele filme que não rolou, aquele casamento com apê no Arouche que não vingou, os discos da Elis da Claudia que não agüentam mais ouvir, os filmes em preto e branco de tela quadrada sem cinemascope que estão cansados de ver. É a geração de freqüentadores de cinema, a última que vai poder contar pros filhos que andava a pé. // Enquanto passam Orson Welles, Beatles, Batman, portas de cinema, bancas de jornal, trilha do Dave Brubeck, eles decidem qual tela pegar na sessão das seis: tem mesmo que ser aquela nouvelle vague importada, filme que não acontece nada, ficam só batendo papo?
Da próxima vez, fazer tudo diferente.
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Ali em cima, no YouTube e nos extras do Bandido da Luz Vermelha.
Marcadores: Rogério Sganzerla, SP, TV
Bom saber que a juventude é uma força que supera os limites do tempo.
Ontem foram eles, depois a minha geração. Agora é o tempo de vocês.
O mais bacana dessa história é que estamos aí, compartilhando o que fizemos e o que vamos fazer ainda.
Boa juventude essa, não???
Clássico, né?
Rogério é gênio, e já mostrou isso na primeira - na verdade, até antes, qdo só fazia crítica.
E fazer diferente sempre foi a proposta dele, em todos os 25 filmes que fez. Mais do que isso, ele fez o que quis fazer, do jeito que quis. Bem, Rogério (com seus filmes e lições) é um assunto pra se discutir horas.
E me diga qdo quer pegar o vinil.