iê-iê
1 Comments Published by Ronaldo Evangelista on quarta-feira, 14 de janeiro de 2009 at 10:32 AM.Começo dos anos 80, nove hipsters paulistanos interessados em música pop e subversões em geral se conhecem no Equipe (espaço de "resistência democrática nos anos de autoritarismo") e resolvem formar uma banda. Estranhamente, entre saídas e entradas, troca de baterista, gravação do primeiro disco e aparições na TV, tudo funcionou.
Surgindo coloridos como o B52's, espertos como o Talking Heads, excêntricos como o Devo, plurais e sem vergonha como os tropicalistas, os Titãs foram a banda mais completa de sua geração (também, com oito dando pitaco...) - inclusive na sua evolução: todo mundo parecia entender cada vez que eles se transformavam de new wavers em regueiros em pseudo-punks em artistas de pop global.
Ali, logo no começo da banda, Branco Mello comprou uma câmera VHS. Daquele momento em diante, começou a filmar a banda tocando, ensaiando, compondo, chapando, brigando, brincando em todos os momentos. Uns anos atrás, juntou todas as fitas e jogou na mão do Oscar Rodrigues Alves, que organizou o lance e fez nascer A Vida Até Parece Uma Festa, filme que não é bem documentário nem biografia, mas cumpre os dois papéis com clima de vídeo de família - família que passa bastante tempo em palcos e estúdios.
Sem narração em off ou qualquer acréscimo às imagens e sons de época exceto legendas, o filme vai se desenrolando íntimo, mas não necessariamente intimista. Vemos prisões por tráfico de heoína, morte e debandada de membros, aneurisma cerebral e uma banda explodindo em energia, anarquia, criatividade no Silvio Santos (tocando o hit "Os Bichos Estão Rotos"), no Sesc Pompéia, no Chacrinha, no Lira Paulistana, nos apartamentos, no Nas Nuvens.
Ali em cima, "Toda Cor" no Chacrinha. O filme, estréia sexta e é massa.
Banda nova com um trabalho muito bom, de Salvador/BA:
www.myspace.com/soteropolitanos
Abs!