Tá em Curitiba? No pique de um som bom? Grandmaster Peba leva o Veneno pro Kitinete hoje, a partir das nove da noite, groove afiado e o case vermelho de vinis direto de São Paulo.
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musicvision
1 Comments Published by Ronaldo Evangelista on sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 at 11:57 PM.Simples, genial, estáile e massa de ver e ouvir esse filme do Guillaume Delaperriere, ao mesmo tempo mixtape, garimpo, audição comentada e compilação de influências dos old new frenchies do Phoenix. Os discos vão sendo escolhidos, vindo da estante, girando na picape, os comentários são ótimos e a seleção é sensacional. Se liga, já abre com uma maravilhosa do Curtis e ainda passeia por Gainsbourg, John Carpenter, Gil Scott-Heron com Brian Jackson, Iggy Pop com James Williamson, Al Green, Beach Boys.
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Na Sala do Daryl: Hall, do Hall & Oates, tem o programa Live From Daryl's House, em que recebe gente nova pra trocar idéia e fazer um som na sua casa - aliás desenhada por ele mesmo, piscina e tudo. Em 2008 o Chromeo foi lá (saca a cara total de fãs) e os assuntos em comum são bons, legal o Hall contando a criação no estúdio do hit "I can't go for that (No can do)", a partir do beat Rock'n'Roll 01 do teclado. Ainda mandam juntos versãozinha massa da própria e de Tenderoni, vídeos acima. // Daryl Hall todo Marcos Valle, hein? Demorou pra gente levar a Sala do Tatá pra um Tatá Visita, só colando com gente preza pra trocar idéia. Começar pelo próprio Marcos Valle.
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Jequitibá e Avenca
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on terça-feira, 26 de janeiro de 2010 at 1:44 PM.A música é muito grande. Clássica e popular. Só de samba existem mil espécies, como o de roda da Bahia e o cosmopolita de Noel Rosa. Todas essas manifestações são válidas e, dentro de cada uma, há um material de primeira ordem. Admito tudo, desde recolher folclore até fazer música eletrônica. Só não gosto quando qualquer forma de música é usada para agredir alguém. Autenticidade? Autênticos são o jequitibá e a avenca. Mas não é autêntico o jequitibá ser avenca e vice-versa.
Tom Jobim e sua sabedoria espontânea e natural, em fins de 64, na revista Fatos & Fotos.
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Boca cheia de formiga
2 Comments Published by Ronaldo Evangelista on sexta-feira, 22 de janeiro de 2010 at 6:06 PM.Falando no Mug, pode a simpática foto acima do Chico Buarque com seu amigo Mug ser causa de imbroglio em um livro sobre Simonal?
Pode:
Uma foto que gera muito problema entre os editores é uma imagem de Chico Buarque segurando o boneco MUG na mão. Assim como Simonal, Chico fez propagando do tal boneco que, dizia-se, dava sorte. Era na verdade o mascote de uma grife de roupas da MPB em sua empreitada combativa contra as roupas da Jovem Guarda. A grife da MPB acabou não sendo lançada mas da Jovem Guarda virou alvo dos criticos da ditadura identificados com o samba e a resistencia. As roupas da Jovem Guarda, jaqueta do Tremendão, a roupa da Ternurinha, etc., essas sempre lembradas pro aqueles que acusam o movimento de Roberto Carlos e cia de "mercadológico". Chico também fez propaganda, assim como vários artistas da MPB pois também estava envolvido na defesa da "musica brasileira" frente a "alienação importada" da Jovem Guarda.
Diz Gustavo Alonso Ferreira, do livro Quem Não Tem Swing Morre Com a Boca Cheia de Formiga, de um mestrado sobre o Simonal, programado e eternamente adiado pela editora Record. A foto acima, e outras de Chico em propagandas de banco, sandália e máquina de costura, foram vetadas no caderno de fotos da biografia.
Gustavo explica:
O argumento da editora para tal autocensura (desculpe mas não há outro nome) é que o compositor não permitiria sua publicação e se o fizéssemos mesmo assim isso poderia acarretar um processo. Mas estas imagens são fotos já publicadas em revistas e jornais, ou seja, já foram publicadas alguma vez. São, enfim, documentos historicos, fontes abertas a todos. Em tese só precisariamos da liberação do fotografo, o que não é dificil de conseguir. Mas o medo do processo inviabiliza,na pratica, qualquer publicação porque entende que o sujeito que aparece na foto tem que autoriza-la! Imagina se formos pedir autorização ao Lula por toda foto que ele aparece? Imagina fazer isso em época de foto digital e internet? Seria melhor, caso o Chico Buarque realmente se importasse de fato muito com sua memoria, que ele acusasse o uso do Photoshop para deturpá-lo, ou de um simples "Paintbrush" para desgastá-lo... o que não foi o caso, obviamente, mas em tempos de virtualidade e simulacros, tudo pode vir a convercer. Ou quase tudo.
Mais dano colateral da indigna censura de Roberto Carlos à biografia de Paulo César de Araújo, em 2007.
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Tá acompanhando? Cultura Livre virou o ano e segue na Amplitude Modulada falando das últimas das galeras novas. Hoje, 14h, por aqui, Roberta Martinelli conversa com os Mombojós, prestes a lançar disco novo, Amigo do Tempo.
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Isto é que é sorte. Se o Zimbo Trio, Simonal, Chico Buarque foram espertos e garantiram a deles, também tenho o Mug comigo, jogada muito quente. Se você acha que sua vida deve ser diferente em 2010, mude para melhor. Mude para MUG.
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VENENO soundsystem
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on quarta-feira, 20 de janeiro de 2010 at 2:16 AM.Três anos de Astronete, tipo dois e meio de Baile VENENO, quase um de festa semanal 100% vinil. Astro reformado, reabrindo e esperando convidativamente os primeiros passos de dança; seletores de discos renovados e ansiosos pelas picapes e quadris girando. Novo site estreando, novos planos já chegando. A hora é essa.
VENENO
toda quarta, 23h
no Astronete
Agora mais cedo e, só hoje, $5 de entrada.
http://venenosoundsystem.com/
Melhor que o antídoto.
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Produced by
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on terça-feira, 19 de janeiro de 2010 at 12:39 PM.The producer should be the same thing as a director of movies. That's how I've always looked at it. And that's what it would have said in the back of records if it would have been anybody but Norman Granz - who was the first person to ever use the term "produced by". Norman was very Euro-centric. He really was. And his idols, like German director Max Reinhardt, would always say "A Max Reinhardt Production" on his film credits. Not "Directed by Max Reinhardt", no, "A Max Reinhardt Production"! So Norman Granz put on the back of his albums: "Produced by Norman Granz".
Because the way I look at it, my job is to find a song - well, that's a story. To get an arranger to write, and turn the song to a screenplay. The musicians, the singers, whatever, are your actors. The engineer is your cinematographer. You're responsible for it all.
David Axelrod explica pra turma que papo é esse de produtor. Da Wax Poetics #14.
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faça você mesmo
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on domingo, 17 de janeiro de 2010 at 2:33 AM.a riqueza da criação espontânea
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on sábado, 16 de janeiro de 2010 at 10:41 AM.Julio Cortázar, sobre jazz, Charlie Parker e o ato de escrever, criar e viver espontaneamente, do livro Conversas com Julio Cortázar, de Ernesto Gonzáles Bermejo:
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Primeiro, o silêncio. As palmas entram tímidas logo depois e, aos 11 segundos, o piano. A introdução é tocada somente pelo pianista, com a delicadeza e a complexidade que lhe são habituais. Exatamente no meio de uma frase do piano surge o saxofone, acompanhando o raciocínio melódico e expandindo as idéias musicais iniciadas dois minutos e seis segundos atrás. Os dois continuam se entremeando e se completando, solitários, até o primeiro toque da vassourinha na bateria, aos quatro minutos e meio.
Até o fim dos quase oito minutos de duração de "Monk's Mood", o tempo parece parar para que a música possa existir. Não é apenas um quarteto tocando piano, saxofone, baixo e bateria, são quatro pessoas criando mágica diante de nossos ouvidos. É o fluxo de consciência em tempo real de dois dos maiores pilares do que acostumamos a chamar jazz nos últimos 50 anos. Por quase uma hora, acompanhamos os improvisos saídos do piano de Thelonious Monk, do saxofone de John Coltrane, do baixo de Ahmed Abdul-Malik e da bateria de Shadow Wilson - tudo o que aconteceu na noite de 29 de novembro de 1957.
As palmas entram, sempre, no penúltimo segundo de cada música, quando o público percebe instintivamente as composições matematicamente marotas chegando ao fim.
A segunda música do set, "Evidence", novamente começa com Monk solitário ao piano, até Coltrane chegar, acompanhando-lhe exatamente na mesma linha melódica. O impressionante Shadow Wilson (que morreria dois anos depois, deixando seu nome injustamente esquecido) vem logo atrás, dessa vez marcando presença com a bateria levada no chimbau. Por baixo, Ahmed Abdul-Malik sustenta e acompanha ritmo, andamento, harmonias, melodias.
Na terceira música, voltamos à lenta complexidade das harmonias e melodias desconstruídas de Monk na bela "Crepuscule with Nellie", algo como um standard negativado, aquela especialidade Monk: a familiaridade, as melodias perfeitas, tocadas com aquele toque de subversão. Coltrane, Wilson, Abdul-Malik entram pouco depois dos dois minutos, no mesmo toque.
Em "Nutty", faixa seguinte, todos funcionam juntos, empolgante máquina rítmica. Coltrane sola com vontade e deixa fluir a inspiração, vinda tanto do bebop como do cool, já mostrando o engrandecimento completo que estava por vir.
"Epistrophy", dos maiores clássicos de Monk, com seus diferentes andamentos de bateria, é o ponto mais alto de um clássico tão grande, onde todos se encontram em seu momento mais inspirado.
E isso é só o primeiro set, de ainda outro com composições diferentes, todas de Monk - exceto pelo único standard tocado pelo quarteto na noite, "Sweet and Lovely" (também gravado anos depois pelo pianista em disco solo).
Após quase 50 anos na estante, a música passada de sons para fitas para CD para LP continua não só tão moderna e atemporal quanto no dia em que foi gravada, mas se revela o registro definitivo do encontro de Thelonious Monk sendo tão Thelonious Monk quanto poderia e John Coltrane registrando os primeiros ápices de genialidade.
Injusto é avaliar o disco com as mesmas quatro estrelas que todos os outros.
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Oscar Peterson dá vontade de ir ao banheiro. Andrew Hill, de olhar pela janela. Em compensação, se soa como Bobby Timmons tem que ser bom. E Charlie Christian?, tirou a graça dos outros guitarristas. Leonard Feather tentou mostrar uns sons pro Monk, ele como sempre falou mais com seus silêncios.
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Oslo, Copenhagen, 1966
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on quinta-feira, 14 de janeiro de 2010 at 9:37 AM.Uma hora sublime de Thelonious Monk, piano, Charlie Rouse, tenor, Larry Gales, baixo, Ben Riley, bateria; TVs da Noruega e Dinamarca, 15 e 17 de abril de 1966.
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evidence
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on quarta-feira, 13 de janeiro de 2010 at 8:59 AM.Evidence, Japão, 1963
Blue Monk, Oslo, 1963
Off Minor, Baden Baden, 1963
Straight No Chaser, Londres, 1965
Epistrophy, Paris, 1966
Lulu's back in town, Polônia, 1966
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Sphere
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on terça-feira, 12 de janeiro de 2010 at 10:02 AM.Nove partes (de dez, mas não compromete) de um documentário sobre o Thelonious Monk. Saca ele tocando, falando, ouvindo, dançando.
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Bullitt, Lalo Schifrin
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on segunda-feira, 11 de janeiro de 2010 at 8:57 PM.Bullitt é um filme exemplar por vários motivos. O epítome do cool que é Steve McQueen, a cinematografia estilosa e realista, as longas cenas com diálogos expressos apenas com o olhar, São Francisco como cenário, o som do motor do Mustang dirigido pelo próprio McQueen na mais famosa sequência de perseguição de carros do cinema, a trilha sonora. Especialmente a trilha sonora. Lembro que quando fui pra Londres alguns anos atrás, viagem em que trouxe alguns dos mais queridos discos na bagagem, o único que realmente pensei "não volto sem esse" foi exatamente o LP que trazia a trilha original, do grande Lalo Schifrin em seu melhor momento.
Quer dizer, trilha original mais ou menos. Quando Lalo fez a trilha para o diretor Peter Yates, ele entrou em um estúdio pra própria Warner, produtora do filme, e gravou as faixas como o que eram: temas instrumentais cheios de climas e dinâmicas guiadas por imagens e com durações entre cinquenta segundos e quatro minutos, de acordo com a cena em que seriam usadas. Três meses depois, dezembro de 68, Lalo juntou Bud Shank na flauta, Ray Brown no baixo, Howard Roberts na guitarra, Carol Kaye no baixo, Larry Bunker na bateria, mais uma galera, sopros, cordas, levou todo mundo pro estúdio e regravou os melhores temas da trilha, um pouco mais lapidados e arranjados para soarem como um disco light de jazz. Light, mas ilha deserta: disco top de lista, olhado pela discografia de Lalo Schifrin, de trilhas sonoras, de discos dos anos 60, de LPs de jazz.
Agora, 41 anos depois, o selo/publicação Film Score Monthly pegou os tapes originais das 18 faixas da trilha, do score, e relançou em um CD com as 12 já lançadas, da segunda gravação; mais uma demo da faixa-título - tema perfeito e leitmotif genial que surge aqui e ali e paira por todos os momentos da trilha. Algo como se alguém recuperasse e lançasse uma versão demo, mais crua e direta, mais longa e intensa de Miles Davis em 1959, dos Beatles em 1969, do Herbie Hancock em 1979. Se achou exagero é porque não ouviu. Demorou, pode começar com uma das cenas mais sedutoras e naturalistas do filme, com o olhar do Steve McQueen fazendo a trilha pros músicos tocarem, no play, abaixo:
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Depois de escrever livros sobre o Kind of Blue, A Love Supreme e a Impulse!, Ashley Kahn está soltando no mundo ano que vem livro novo, sobre a Blue Note. Essa capa, inspirada no clássico do Cannonbal com o Miles, já é algo mais.
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you're trying to tell yourself something
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on quinta-feira, 7 de janeiro de 2010 at 9:00 PM.Por falar em sonhos, e esses desenhados pelo Salvador Dalí para o Spellbound, do Hitchcock?
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Feliz 1910!
(daqui)
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