I'm not lonely, I just wanted a drink
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on terça-feira, 20 de maio de 2008 at 3:11 PM.A primeira vez que vi Norah Jones, já simpatizei. Mas achei que ela fosse mais uma de uma enorme lista de cantoras gringas suaves e simpáticas. // A primeira vez que soube que ela tinha se tornado a maior popstar do mundo, fiquei chocado. Mas pensei por um segundo e tudo fez sentido: carisma não se compra na esquina e eu dou todo o mérito do mundo a quem tem. // A primeira vez que li que ela seria a protagonista do (então) filme novo do Wong Kar-Wai, que seria o primeiro dele em inglês, me apaixonei. Ele é foda, ela é foda e o filme teria ainda Rachel Weisz, Natalie Portman, Chan Marshall. // A primeira vez que soube que ela tinha vários projetos musicais além dos discos solo pela Blue Note, gostei mais ainda dela. Porque ela simplesmente faz questão de deixar claro que é humana. // Eu adoro os popstars. Respeito e admiro muito quem veste um personagem e vai até o fim sem hesitar, como quem brinca de sério. Mas aqueles artistas que ganham todo respeito artístico e ainda fazem questão de nunca se colocar acima de ninguém? Esses são raros e especiais.
E agora ela resolveu bolar mais uma brincadeira: El Madmo. De peruca loira, guitarra na mão e pseudônimo ("Maddie"), ela agora toca também em um trio à indie-rock, com dois amigos ("El" e "Mo"), uma gravadora independente, ilustrações massa, letras meio retardadas e um release que diz que a banda nasceu de "ineptidão social e uma crença sem idade em gostosuras-e-travessuras" e oferece "fuga, justiça, postulação cármica e aquela sensação que dá quando você sabe de algo que mais ninguém sabe".
A banda já existe há uns dois anos e fez alguns shows discretos por aí. O primeiro disco está saindo hoje. Não é bem que eu recomende especialmente ou ache o som incrível - prefiro as coisas quanto mais sussa melhor -, mas só de saber que ela perde tempo fazendo isso, confio mais nela.
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