modernidade ultraretrô
0 Comments Published by Ronaldo Evangelista on quinta-feira, 12 de maio de 2011 at 11:52 AM.
Ontem na Ilustrada saiu matéria legal que escrevi sobre Ed Lincoln, lenda dos bailes nos anos 60 e, com seus discos, também das pistas modernas de dança desde pelo menos anos 90. O motivo, box relançando seis discos seus de 1960-1966. Assim:
O órgão elétrico de Ed Lincoln é uma máquina do tempo. Há 50 anos, quando eram lançados seus primeiros discos, não havia som mais moderno. Hoje chamadas genericamente de balanço, faixas como “Cochise”, “Palladium” e “Leçon de Baion” são hits no Brasil, Japão e Europa, adaptando o universo dos discos de baile da época para o mundo das pistas contemporâneas de dança.
Fazendo a ponte entre as épocas, de lá pra cá, seis dos seus principais discos, gravados entre 1960 e 1966 para a extinta gravadora Musidisc, são agora relançados pela primeira vez, em CD, dentro do box “O Rei dos Bailes”, pelo selo Discobertas.
“Ed Lincoln e seus discos da Musidisc são lendas”, diz Marcelo Fróes, produtor dos relançamentos. “Ele tinha um conjunto moderno, bem adiante no tempo se comparado às orquestras de baile que abafavam em festas e também em discos.”
Não era o único - nomes como Walter Wanderley e André Penazzi também se especializaram no gênero -, mas era o mais popular e até hoje um dos mais cultuados.
Soando tão ricamente musical quanto estranhamente curioso, entre samba-jazz, samba-rock e lounge de elevador, a modernidade ultra-retrô dos sons de órgão e coro representa um som característico e altamente popular da época.
“Ouvindo os discos, o que mais surpreendeu foi a modernidade do que faziam no estúdio e a qualidade com que captavam nos gravadores analógicos de 50 anos atrás”, analisa Fróes.
Nascido no Ceará em 1932, Lincoln mudou-se para o Rio de Janeiro aos 19 anos e em pouco tempo tocava contrabaixo ao lado dos pianistas Dick Farney e Luiz Eça. Não demorou a formar seus próprios conjuntos, ao piano, e na então famosa boate Drink, do músico Djalma Ferreira, encontrou o instrumento com o qual seria para sempre associado: o órgão Hammond.
Apesar de não haver fichas ou lista exata de participações (“Os detalhes técnicos destes discos sempre foram um mistério”, diz Fróes), sabe-se que Lincoln sempre teve a seu lado cantores e instrumentistas como Miltinho, Claudette Soares, Orlandivo, Baden Powell, Waltel Branco.
Com repertório que passeia de Dorival Caymmi e Tom Jobim a temas americanos como “The Blues Walk” e “Sentimental Journey”, os álbuns são divertidos, coloridos, criativos, leves, dançantes.
Segundo Fróes, hoje Lincoln mora em Teresópolis, no Rio de Janeiro, e anda adoentado e indisposto. Seus discos, em compensação, seguem no auge da vitalidade.
O órgão elétrico de Ed Lincoln é uma máquina do tempo. Há 50 anos, quando eram lançados seus primeiros discos, não havia som mais moderno. Hoje chamadas genericamente de balanço, faixas como “Cochise”, “Palladium” e “Leçon de Baion” são hits no Brasil, Japão e Europa, adaptando o universo dos discos de baile da época para o mundo das pistas contemporâneas de dança.
Fazendo a ponte entre as épocas, de lá pra cá, seis dos seus principais discos, gravados entre 1960 e 1966 para a extinta gravadora Musidisc, são agora relançados pela primeira vez, em CD, dentro do box “O Rei dos Bailes”, pelo selo Discobertas.
“Ed Lincoln e seus discos da Musidisc são lendas”, diz Marcelo Fróes, produtor dos relançamentos. “Ele tinha um conjunto moderno, bem adiante no tempo se comparado às orquestras de baile que abafavam em festas e também em discos.”
Não era o único - nomes como Walter Wanderley e André Penazzi também se especializaram no gênero -, mas era o mais popular e até hoje um dos mais cultuados.
Soando tão ricamente musical quanto estranhamente curioso, entre samba-jazz, samba-rock e lounge de elevador, a modernidade ultra-retrô dos sons de órgão e coro representa um som característico e altamente popular da época.
“Ouvindo os discos, o que mais surpreendeu foi a modernidade do que faziam no estúdio e a qualidade com que captavam nos gravadores analógicos de 50 anos atrás”, analisa Fróes.
Nascido no Ceará em 1932, Lincoln mudou-se para o Rio de Janeiro aos 19 anos e em pouco tempo tocava contrabaixo ao lado dos pianistas Dick Farney e Luiz Eça. Não demorou a formar seus próprios conjuntos, ao piano, e na então famosa boate Drink, do músico Djalma Ferreira, encontrou o instrumento com o qual seria para sempre associado: o órgão Hammond.
Apesar de não haver fichas ou lista exata de participações (“Os detalhes técnicos destes discos sempre foram um mistério”, diz Fróes), sabe-se que Lincoln sempre teve a seu lado cantores e instrumentistas como Miltinho, Claudette Soares, Orlandivo, Baden Powell, Waltel Branco.
Com repertório que passeia de Dorival Caymmi e Tom Jobim a temas americanos como “The Blues Walk” e “Sentimental Journey”, os álbuns são divertidos, coloridos, criativos, leves, dançantes.
Segundo Fróes, hoje Lincoln mora em Teresópolis, no Rio de Janeiro, e anda adoentado e indisposto. Seus discos, em compensação, seguem no auge da vitalidade.
Marcadores: Ed Lincoln, Evangelista Jornalista, FSP
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