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um Oh! e um Ah!

Esse engajamento era muito forte e o espaço Tuca fervilhava à temperatura ambiente. A segunda montagem do grupo estreou em 1967, revelando esse clima. Intitulada O & A, carregava consigo a criatividade e a ousadia que eram a tônica nas universidades. Para Suster, que participou de ambas, esta, também de autoria de Roberto Freire e musicada por Chico Buarque com arranjos de Júlio Medaglia, foi tão ou mais importante que Morte e Vida Severina, dada a situação política em que foi encenada e a proposta de comunicação conseguida numa época de ditadura.
“Conseguiu-se fazer um espetáculo em uma linguagem que todo mundo entendeu, falando-se apenas as letras O (atores representando os repressores) e A (procurando manifestar-se, modificar a situação), dificultando a censura”, recordou. O envolvimento da universidade também foi intenso. Conforme relatado na edição comemorativa Tuca 20 anos, “a utilização de apenas dois fonemas era uma grande inovação e exigiu um profundo trabalho de estudos e pesquisa”.
Silnei lembra que foram precisos dez meses de ensaio. “Era um espetáculo de muita expressão corporal. Houve críticas estupendas sobre a peça. Eu acredito que ele tenha sido mais importante para o Tuca do que Morte e Vida Severina. Tivemos uma temporada do O & A no João Caetano com casa lotada no ano seguinte. Depois veio o AI-5...”


De um texto sobre o Tuca, aqui.

Tomzé em 1973, playar:

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