RONALDOEVANGELISTA


Aricia Mess canta Clariô (com Leo Cavalcanti)



Eram passos cansados de dançar a mesma dança, de repente Gal Costa gravou o delicioso "Clariô", de Péricles Cavalcanti, em 1977. E aí Arícia Mess em seu último disco sacou o som, secou o reggae e chamou para levar junto sua bela voz Leo Cavalcanti, filho aliás do autor. Para o vídeo, imagens da época de Péricles em Londres, começo dos 70, de quando Portobello Road era centro e tema de músicos brasileiros por lá.

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Luisa Maita canta A Vontade



Grande prova de uma música é ganhar gravações diferentes e só crescer como canção, grande prova de um intérprete é cantar o que já existe e acrescentar sua magia própria. Groove legal o de Luisa Maita nessa versão que tem feito de "A Vontade", superstar-título do recente disco de Bruno Morais. A vontade, destino e senhor, sem medo e sem crase.

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Mariana Aydar canta Galope Rasante



Que "Galope Rasante" é uma música poderosíssima você já sabia. Mas que rendia uma versão boa assim hoje em dia, seria no máximo esperançoso. Em sua versão original na voz de Amelinha, em 79, a composição de Zé Ramalho já tinha no mínimo um intensidade hipnótica e a melhor bateria do mundo. Nessa nova versão na voz de Mariana Aydar (com Gui Held, Serginho Carvalho, Duani, Guilherme Ribeiro), ganhou uma autocombustão extra nas dinâmicas, botando um gosto afrobeat no sertão. É noite que vai chegar, é claro, é de manhã.

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Tezeta



Falando nele, poucos sons atingem o nível de sublime da música de Mulatu Astatké. Suas composições e a construção de seus arranjos trazem uma paz interna que se espalha tranquila e inspiradora de vida, um toque reservado a poucos músicos especiais. Show dele no Brasil, sonho total, certo? Bem, parece que não é nada tão longe: corre uma história de duas apresentação dele em São Paulo e, digo mais, parece que não demora, tipo pouco depois do Timeless.

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TIMELESS no Brasil



Primeiro, foram três shows de responsa em 2009 na Califórnia, dedicados a três compositores/arranjadores tão geniais quanto diferentes entre si: o etíope Mulatu Astatké, que apresentou clássicos e novidades de seu sofisticado repertório afro-latino; um concerto com arranjos do violista Miguel Atwood-Ferguson vestindo beats criados pelo falecido rapper estadunidense J. Dilla; e a correção histórica de colocar o brasileiro Arthur Verocai à frente de uma orquestra para apresentar com pompa os temas de seu disco de 1972. Seriam quatro, e é emocionante só imaginar como teria sido a apresentação do mestre do jazz-funk-psicodélico David Axelrod se ele não tivesse cancelado na última hora.

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The Sounds of VTech / Timeless: Brasil Trailer



Segundo, o processo foi todo registrado e os shows captados pelo fotógrafo/filmador (e produtor) B+, aka Brian Cross, bróder. Parte do plano: em 2010 os shows foram lançados em DVD (e álbuns) com o maior capricho, em um box com ainda de bônus uma mix da carreira de Verocai pelo DJ Nuts e o set africano de Quantic quando do show do Mulatu. Mas não são só os shows, são filmes com olhar especial sobre músicos sem época fazendo sons elevados, buscando, instigando e registrando momentos de inspiração.

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The Sounds of VTech / JRocc's Timeless Performance at SXSW



Ao longo de 2010 rolaram exibições do filme em sessões especiais em Nova York, Los Angeles, San Francisco, Chicago etc. Agora, próximos dias 9 a 11 de fevereiro, no Espaço Unibanco de Cinema, o Timeless é exibido no Brasil e com uma transa interessante: J. Rocc vem junto e manda uma videotecagem, jogando os três filmes no computador e mixando como vinis no Serato, colando e brincando com trechos de imagens e sons. Show, filme e happening, cinema, orquestra e DJ, Brasil, EUA e Etiópia, jazz latino, funk brasileiro e concerto hip-hop.

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Kenny G & Miles Davis



Encontro de titãs, via feice do Kenny.

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VENENO dois mil eleven



Pronto, agora foi. Bye 2010, projetos realizados e sonhos vividos, e salve 2011, reinventando o futuro. Ano novo vida nova, o VENENO volta às celebrações na pegada música, diversão e amizade. Segunda-feira, véspera de São Paulo, Astronete, baile inesquecível: novos grooves na pista, grandes amores no coração e drink especial no bar, VENENO VERÃO by Peba Tropikal. Os mais felizes, animados, bonitos e dançarinos ainda ganham mixtape.

Veneno, desde 2007 fazendo das pistas coração.


VENENO @ Astronete
Segunda, 24 de janeiro
Rua Matias Aires, 183 - Consolação, SP - SP
ENTRADA: $10
100% vinil

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Ringo também curte Yusef Lateef



Aposto que se tivesse no Brasil, ele colava no Sesc Pompéia pra ver.

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let's not become robots



Nos saxes tenor ou soprano, no oboé ou nas flautas em dó ou sol, de bambu ou indígenas, com suas composições e arranjos, na pegada da consciência global e jazz, free e funk, Yusef Lateef é algo mais, explorador de sons e da expansão da mente, puro finesse, elevação sem tempo a perder. Próximo dia 12 de fevereiro, respira fundo, o homem chega na cidade aos 90 anos para show no teatro do Sesc Pompéia. Pra inspirar, vídeo acima, TV Norueguesa, 1978.

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Tuck In With... The Natural Yogurt Band



Estou apostando que o melhor segredo do último ano deixe de ser segredo a partir de já: Natural Yogurt Band, dupla britânica de grooves analógicos, que não só fez em 2009 o sensacional disco "Away With Melancholy" como ganhou edição (pela Now-Again) em DEZ POLEGADAS DUPLO. Enquanto você discute o futuro da música, eles inventam um novo formato. O disco novo, capa acima, segue a chinfra e vem de novo no esquema 2X10". Tuck In With... The Natural Yogurt Band, nas ruas 25 de fevereiro, já favorito.



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Kabul 70



Tá se ligando? Temporada no Kabul do Bixiga 70, com o bônus classe do discotecário Ramiro Zwetsch. Temporada de verão pra lembrar com saudade ou lamentar não ter ido, mais duas quintas.

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Alquimia jazz



Comento na Folha de hoje o belo som que Blubell está criando ao lado do quarteto À Deriva mais o guitarrista André Bordinhon - em show no Sesc Pomp na sexta e em disco novo pela YB, "Eu Sou do Tempo em Que a Gente Se Telefonava". Já entendi que o movimento ajuda a gente a existir: "My Best", "Estrangeira", "Good Hearted Woman", "Triz" estão entre as melhores coisas deste começo de ano. Alguns sons pelo MySpace, abaixo a versão embrulho-de-peixe.



Música pop é como uma alquimia: uma certa combinação de notas e palavras, intenção e execução, e magia nasce. Não é toda hora nem em todo lugar, mas é sempre com um brilho inconfundível.
Como no novo disco da cantora e compositora paulista Blubell, "Eu Sou do Tempo em Que a Gente Se Telefonava" (YB), que será lançado sexta (21) em show no Sesc Pompéia.

Blubell, aliás Bel Garcia, já tinha um primeiro disco, "Slow Motion Ballet", de 2006, elogios de Marisa a Mallu, e o destaque de cantar música-tema em uma série de TV na Globo (Aline, baseada nas tiras da Folha e de volta ao ar em fevereiro).
Mas encontrou recentemente um formato especial para sua voz e expressão: ao lado do quarteto de jazz À Deriva, com uma certa elegância retrô em versos bilíngues.
"Tudo se amarrou quando os chamei para me acompanhar", explica. "Vinha compondo em uma linha mais jazzy e casou, o lado pop também ficou mais interessante. Então o conceito surgiu por si próprio, a partir do som."

No disco e no show, além da participação de artistas amigos como Tulipa Ruiz e Bruno Morais, uma voz surge com surpresa: Baby do Brasil. A relação é familiar, já que há quatro anos Blubell tem um relacionamento com Pedro Baby, filho de Baby com Pepeu Gomes.
"Foi um encontro natural, ela foi em um show e gostou, saiu de lá assobiando. Depois mostrei algumas músicas e ela quis cantar 'aquela do chiclete'", ri Blubell.

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Donuts Live



O álbum Donuts, de J Dilla, de 2006, tem 31 faixas, grande maioria na base do minuto e meio, colagem caleidoscópica non-stop de levadas, fontes, trechos, mensagens, idéias, discos, sons, goodbyes. Em outubro de 2010 e link abaixo, o trio piano-baixo-bateria Stray Phrases, NY, longa faixa de 35 minutos, no bar Local 269, em uma noite qualquer, tocando o disco inteiro, sem parar, direto ao ponto, pura classe, na pegada do beat e no groove do baixo, no improviso do piano e no flow do som, altamente massa. // Quem tava lá, registrou, botou na roda, blog Metal Lungies. Download por aqui.

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Noturno em azul e ouro

Com suas improvisações e arranjos urbanos e sofisticados, cool e intensos, eruditos e melódicos, o Nouvelle Cuisine (depois só Nouvelle) foi a grande banda de jazz paulista do fim dos anos 80/começo dos 90. Luca Raele, Guga Stroeter, Mauricio Tagliari, Carlos Fernando (e Flávio Mancini), então jovens virtuosi de alto apuro, tocando o mais fino e elegante do jazz acústico, em eras pós-fusion de experimentações mil.

O primeiro disco, de 1988 (pela Warner, produzido pelo Pena), tinha um capricho tão grande que trazia longas notas sobre cada faixa (provavelmente escritas por Carlos Fernando), explicando as referências, influências, intenções, história por trás da interpretação de cada composição. Como a contemplativa "Chelsea Bridge", de Billy Strayhorn, famoso parceiro de Duke Ellington, pelo Nouvelle em versão Tonalista de alto calibre, de scat singing mais orquestra; inspiração pro original, trecho das notas e play abaixo.





Se Debussy tratava a Música como arte visual, havia um pintor, americano, que compunha imagens e concebia a Pintura como Música: James Abbott McNeill Whistler (1834 . 1903). Ambos, aliás, admiravam-se mutuamente.

Uma certa vista do Tâmisa, pintada por ele ("Noturno em azul e ouro") viria, 76 anos depois, a causar profunda impressão em Billy Strayhorn, que nela se basearia para compor "Chelsea Bridge". Houve um engano no título, apenas, quanto à ponte que figura no quadro (Old Battersea Bridge), talvez devido ao fato de Whistler ter sido tão ligado ao bairro londrino de Chelsea, onde viveu.

Procuramos também partir da pintura, para captar o "clima" fluído e misterioso do tema e dar-lhe a moldura perfeita.

Certa vez, Whistler reuniu seus amigos (e inimigos) para uma famosa palestra, em que expôs seus conceitos estéticos. Num trecho ele dizia:

"E quando a névoa noturna veste de poesia as margens do rio, como um véu, e os pobres prédios se abandonam ao céu sombrio, as altas chaminés tornam-se campanários e os depósitos são palácios na noite, e toda a cidade está suspensa no ar: uma terra encantada diante de nós; aí o transeunte se apressa de volta ao lar. O operário e o homem culto, o sábio e o ocioso cessam de compreender - como cessaram de ver - e a Natureza, que, por uma vez, cantou no tom, canta sua primorosa canção para o artista apenas, seu filho e seu mestre. Seu filho, pois a ama, seu mestre, pois a conhece."

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nouvelle strip


(Imagem daqui)

Não existem limites para idéias. Prova diária e inspiração infinita é Laerte, com a liberdade e criatividade sem fins de suas tiras, histórias, pensamentos, figura. Suas pequenas observações externas de grande ressonância interna de todo dia estão entre as melhores coisas desenhadas, escritas, pensadas do mundo hoje. Em ótima entrevista para o Gonzo, para a Vice, comentou a tal fase atual dos últimos anos das suas tiras (que chamou, em tom de piada, com o irresistível título do post), de experimentações formais, narrativas e poéticas e beleza absurda. Ou antes, um passo:

Lembro de uma entrevista do Chico Buarque que foi decisiva. Ele disse que a canção era uma linguagem típica do século XX, e que os tempos estavam mudando, e que novas direções estavam se apontando. E eu transportei para a minha área e fiquei pensando que é muito possível isso no quadrinho.

Eu me baseava em uma experiência que tive no Capão Redondo, onde propus uma ideia de fazer um Salão de Humor do Capão Redondo, há uns anos. Eu achava que ali tinha um potencial de linguagem, uma demanda de coisas que estavam bloqueadas pela marginalização das periferias. Comecei a me entender com eles, através do Instituto Sou da Paz, e percebi que na verdade eles não queriam aquilo, não batia com a realidade do Capão Redondo.

O que apontava ali era outra coisa, que eu não consegui entender direito o que era, mas que identifiquei na profusão e na maneira forte pela qual eles se expressavam na própria pele e nos muros, que são a pele da cidade: grafites, pixações e tatuagens. Eu ficava pensando que isso tem muito pouco a ver com o CARTUM, de SALÃO, de Piauí, de Piracicaba, todos esses momentos.

E aí comecei a pensar se eu também não estava repisando, dentro do meu processo individual.





(Imagem daqui)

Se em colagens, gags visuais, cartuns, tiras Laerte já é mestre da inteligência sensível, em narrativas longas é brilhante, como n'As Aventuras Rocambolescas de Dionisio Galalau, A Noite dos Palhaços Mudos e a recente e semi-autoral Eu, Travesti. Somando bons agouros para o futuro, na entrevista ainda comentou de plano próximo, pra trazer esperança ao futuro:

Eu continuo pensando em fazer graphic novels, tenho uma ideia sendo gestada, para a Companhia das Letras. Ainda está meio vago, quero fazer algo nesse clima de autobiografia, e que contemple também essa história que eu vivi, social, política, afetiva, vamos dizer um pós Laertevisão.

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mas sou de todo mundo



À propos do show de lançamento de Feito Pra Acabar, hoje, no Rio, belo momento no play acima, Marcelos Jeneci e Camelo tocando versão especial de "Doce solidão", do segundo, em ensaio, filmado por Eric Rahal.

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Cotonou Club



Dá licença que 2011 pede passagem: Orchestre Poly-Rythmo, lenda de Benim, que ano passado tocou em Salvador e no Rio, chega com disco novo em março, pela mesma Strut que lançou os recentes LPs de Mulatu Astatké e Ebo Taylor. "Cotonou Club", recuperações, inéditas, participações dos Franz Ferdinand, Angelique Kidjo e Fatoumata Diawara, capa acima.

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melhor performance nacional



Pessoal do Guia me pediu uma lista do que de mais legal vi em shows nacionais no ano. Acima como impresso, abaixo director's cut.

01) Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz (Sesc Pinheiros, agosto de 2010)

Música elevada de atabaque e sopros, jazz e terreiro, passado e futuro.

02) Tulipa Ruiz (Auditório Ibirapuera, maio de 2010)

Voz encantada em show lotado - de público, talento e carisma.

03) Bixiga 70 (Prédio do Antigo Masp, novembro de 2010)

Afrobeat made in SP, cruzando Fela Kuti e temas afrobrasileiros.

04) Nina Becker (Sesc Copacabana, agosto de 2010)

Jogo de cena em azul e vermelho, teatro de arena, versões de Obina Shock e Tom Jobim.

05) Jeneci (Sesc Vila Mariana, novembro de 2010)

Arthur Verocai de batuta e orquestra, grande banda e lançamento tão caprichoso quanto disco.

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Laércio de Freitas/2011





Tio Laércio, mestre e pai, maestro e pianista, lenda por incontáveis fichas técnicas de discos Nota 10 desde os anos 70 e com tão pouca coisa solo, já começou abençoando 2011. De improviso, brincando no groove jazz elegante, nas primeiras horas do primeiro dia do ano, no Fender Rhodes e ainda de onda no baixo elétrico. Na bateria, o genro Quincas Moreira, Qai-Fi. Bliss Atack 4, play acima ou por aqui.

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SEIS mixes legais de 2010

é é meu irmão



Quando foi abrir o show do Mulatu no Timeless, em 2009, Cut Chemist, ex-Jurassic 5, estava vindo de uma megaturnê ao lado do DJ Shadow em que os dois brincavam com oito picapes no palco. Daí, foi pro mínimo: um tocador de discos, um mixer e um pedal de loop. Da contenção e liberdade, do afro à cumbia ao samba-jazz ao candomblé, construiu o mix Sound of the Police. Aí, em outubro último, no espaço da Red Bull no CMJ, NY, Chemist recriou o set e acima alguém registrou momento especialmente brilhante, fica ligado no play.

Groove de piano, guitarrinha pseudo-brasileira, beat, delays, scratches com brincadeiras vocais, um canto de candomblé (aliás regravado por Mariana Aydar): passo a passo de uma construção classe A, cruzando discotecagem, produção, performance, feeling, virtuosismo de combinação e edição. O negócio ficou tão sério que Chemist lançou um edit com o clímax afro-pop-samba-jazz em um 12" recentemente, com o nome "Povo de Santo", mas o momento do improviso é sagrado.

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um, dois, cem



Completamente absurdo o que André Mehmari ouve e mostra em "Ponteio", de Edu Lobo (letra de Capinam), canção poderosa, versão em realces de silêncios e tônicas. Pequeno vídeo, grande musicalidade, um minutinho e todo o tempo do mundo no play acima.

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VINTEONZE



Os ventos de mudança ventam com a mesma força e indiferença com que gira a Terra, o Natal e Ano Novo passam rápidos como o trânsito na cidade vazia, o verão segue tão modesto e constante quanto a chuva que cai nas ruas e prédios e topos das árvores. Vinte onze chegou, com a mesma falsa surpresa do frio das madrugadas em São Paulo, prometendo novidades para quem as busca e estática para os conformados.

No novo mundo que nasce das expectativas somadas e coletivas, continuam iguais e perenes vida e morte, romance e tragédia, paixões e superações, novidades sem época e restrições superadas, micropolítica e macroconsciência, minuto e milênio. Entre esperanças abandonadas e renovadas, projeções reinventadas e revitalizadas, dá para saber com certeza que, atento alerta, as virtudes continuam sendo suas próprias recompensas e os medos suas próprias prisões.

A nós, nadar juntos no lago e oceano de possibilidades, promessas e mistérios que agora habita nosso ar, dividindo generosidade e insegurança, carregando o orgulho dos erros e a desconfiança das definições, purificando o que há de ser purificado, vivendo o aleatório e o planejado, tempos aceitos e fôlegos tomados. Um brinde à cidade, aos altos e baixos, ao silêncio e ao barulho, à proximidade e à distância, ao amor e à indiferença, ao sim e ao não, a tudo que existe e ainda não existe. Na humildade, salve. Bem vindo, dois mil e onze.

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