RONALDOEVANGELISTA


Expressão e afirmação da juventude brasileira



O Estado de São Paulo, com 9 milhões de habitantes de menos de 25 anos de idade, é um dos centros de expressão e afirmação da juventude brasileira. Compositores populares, cantores, diretores e intérpretes de teatro e de cinema, escritores e artistas plásticos, projetam o seu nome por todo o país. E conquistam acesso aos meios de comunicação de massa, representados por uma rêde de nove estações de tevê, de noventa e uma estações de rádio, além de centenas de jornais e revistas. Quer se dediquem ao estudo, às técnicas de produção e aos diversos ramos da ciência moderna, quer se apliquem às atividades artísticas, os moços encontram em São Paulo um ambiente estimulante e pronto a absorver os que se distinguem por talentos ou capacidades especiais. Êles estão procurando ajudar São Paulo a dar o grande salto para a frente.

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Os Mutantes, Gil, Nara, Roberto, Edu Lobo, Chico Buarque, Caetano Veloso, uma escada e vários bambas em uma antiga edição da Realidade.

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Arrasa!

op art

Blossom Dearie (1926-2009)



Estava nas resoluções de ano novo: em 2009 ir até NY e ver (com a Ale) a Blossom tocando. Agora, o plano se vai (ou pelo menos a parte de vê-la) e a semana começa mais triste. Tchau, Blossom. Go, girl, go.

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Upendo Ni Pamoja



I have always thought that music goes back to the simple heartbeat; to the time before man could speak and had to communicate through the use of elemental noises. What would have been closer to man that the sound of his being alive.

I have always thought that after listening to the sound of his heartbeat man began to listen to other sounds; the sounds that birds made singing in the trees; the sounds that breezes made as they blew their way through the endless forests; sounds that animals, both friendly and hostile, made as they went about their daily lives.

I have always felt that even after man learned how to talk he never lost the memory of that primeval heartbeat, or the birds, or the breezes, or all the animals he came to know so long ago. And that memory drew man to music and to the noises and rhythms of music, because music expressed something from the very beginnings of his time on Earth.

And music still expresses these things and, as a result, draws from all the most basic emotions from far inside men. And probably without music much of what we know as society would rot and fall away. We take music for granted now since it has been such an elemental part of all our lives, but we should stop for a moment and, not taking it for granted, understand something of why it soothes and plays upon the savage beast within our soul.

And I think that ever since I began to play, I have thought that music should make people look within themselves and think about the meaning of life. That it should make them think about how fine it is to be loved or to love another; that it should make them think about how really insignificant we are and at the same time how important each of us is on this Earth we live on and in the universe that our Earth goes spinning through.

So close your eyes and let our music speak to you in colors and sounds and familiar and not so familiar emotions and let it tell you how much all three of us love to be alive and love to talk about being alive in our music.

-Ramsey Lewis


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Ramsey Lewis-Steinway Concert Grand Piano and Fender Rhodes Electric Piano
Cleveland Eaton-Acoustical Bass and Electric Bass
Morris Jennings-Drums and Percussions


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Do Upendo Ni Pamoja, disquinho especial, com o trio do Ramsey fazendo funk-jazz elétrico, suave, dubem e com muito, muito groove.

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a todos joão intimida, faz coisas que até deus duvida



Marcos Maciel, do Metrópolis, entrou em contato com o engenheiro de som gringo Christophe Rousseau, responsável pela recuperação do áudio da já notória demo caseira do João Gilberto. Para uma matéria (que vai ao ar hoje, às 21h40, na Cultura), trocou email com ele e descobriu mais detalhes. Quer saber como vazou, de onde veio, como foi recuperado o áudio, o que acham os envolvidos? Só seguir lendo.

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Existem mais sons da era de ouro da música brasileira armazenados no japão do que no Brasil: em Tóquio eles têm uma torre onde é guardado e armazenado o som remasterizado em digital de obras sonoras brasileiras que muita gente esta à procura ou correndo atrás! Quem sabe mais sobre isso são os compositores carlos Lyra e Roberto Menescal. Os japoneses foram os primeiros a colocar à venda lá nas terras deles esse documento, que se chamava João Gilberto - Private Sessions at Chico Pereira's House, que era caro e de péssimo som. Verdadeiramente o som deles colocado à venda (desde o mês de dezembro 2007) é uma vergonha!

Um amigo meu Sueco, o Sr. Lars Crantz, recebeu por troca de documentos, no Rio, o som digitalizado dessa gravação - de um colecionador cujo nome ficou protegido por ele. Pensando que os japoneses tinham colocado um documento melhor à venda, o Lars comprou o documento japonês ha um ano, quando foi colocado no E-Bay!

Imagina, eu: quando recebi de Lars essa cópia para remasterizar quase desmaiei de tanta felicidade! Por que eu?! Por que é que caiu sobre mim?! Eu tinha o livro de Ruy Castro, Chega de Saudade, onde se falou pela primeira vez sobre este assunto do som gravado em fitas magnéticas Basf, com aparelhagem bem profissional para época, no salão de Chico Pereira. Eu não pensava escutar tão cedo este documento... (Bom, há 50 anos que a gente esperava, né?)

Aí, no princípio do ano passado, eu passei uma semana trancado a escutar este som e ficar espantado o tempo todo e falando grosso: Puta que pariu! Puta que pariu! Nossa! Como é que pode! etc. Depois me coloquei a remasterizar. O resultado foi colocado na internet por nós de graça para contrar o Japonês e o lucro deles sem aviso nenhum a João Gilberto, o autor. Era a vingança única e última que podia acontecer! Assim vão as coisas e é verdade que eu estou bastante satisfeito de ter remixado este documento - que demorou 50 anos para aparecer e três dias para se tornar decente!

Foi com duas ferramentas profissionais de tratamento sonoro que eu consegui fazer renascer o som de baixo do barulho analógico das bandas Basf: primeiro o exelente BBE americano hardware Sonic Maximizer and Noise Reduction e o programa Software da Sony chamado Sonic Mastering Studio.

Se você escutar a primeira faixa, "Um abraço no Bonfá", você vai poder ouvir, depois da metade da faixa, exatamente aos 1 minuto e 36 segundos e durante 3 segundos, um cachorro latindo lá embaixo do prédio ou da casa do Chico Pereira, enquanto o João tocava o violão. Prestem atenção e escutem: é bem "Space" ouvir isto - que nem aparece no documento original recebido da Sueça.

Esses caras que fazem blogs brasileiros de som raro (como o meu amigo Augusto do Toque Musical e o Zeca-Louro do Loronix) são bem malucos, no bom sentido do termo, e esses últimos anos colocaram na rede coisas de colecionadores e raridades deles à disposição de quem quiser escutar. Antes, ninguém nunca tinha a possibilidade de achar estes sons da antiga pelo simples fatos que a maioria das casas de produções sonoras no Brasil e edições nunca deram valor a estes músicos e sons antigos! E é por isso que existem blogs de gente apaixonada por som que passam horas, semanas, meses e a ver, anos, trancados pra limpar e colocar na rede os som, tesouro nacional da música brasileira das decadas de 40 até 80.

É uma beleza estes blogs, ainda mais por cima tem um lado de fórum para gente responder, comunicar informação sobre quem tocou nestes álbuns, e isso não figurava na contra capa de muitos Lps da antiga. Foi depois da vinda destes blogs que a gente ficou sabendo de muita coisa sobre cultura musical brasileira.


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Nos comentários do post original das demos, no Toque Musical, Christophe ainda conta outra surpresa:

Estou preparando outra raridade dele para você colocar no seu blog: recebi de um amigo meu um documento rarìssimo de uma prestação do João Gilberto no Roxy Theatre de Hollywood CA. 1977

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João Gilberto @ Chico Pereira, 1958



Surpresa! Vazou essa semana na blogosfera uma das gravações caseiras lendárias de um João Gilberto pré-disco, ali por 57-58. Feita na casa do fotógrafo Chico Pereira (co-responsável pelas lindas e cultuadas capas da Elenco), a gravação tem mais de 20 músicas curtas - algumas nunca gravadas por ele em disco, como "Beija-me" e "João Valentão" - e ainda conversas e atmosfera.

Quem recupera as gravações, com ajustes possíveis, é o blog Toque Musical, de raridades brasileiras pouco óbvias e sempre interessantes. Já circulam por aí mp3s dos primeiros compactos do João e do show O Encontro, mas é a primeira vez que vejo vir a público qualquer das gravações efetivamente caseiras, feita entre amigos em gravadores antepassados dos portastudios.

E estamos em 1958 - um ano antes de João gravar seu álbum de estréia, portanto. Mesmo ano em que participou tocando violão (e dando pitacos nem sempre benquistos) no disco "Canção do Amor Demais", tido como o movimento inicial do movimento.

João já sabia de tudo.

Baixe aqui.

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No indispensável Chega de Saudade, Ruy Castro conta mais:

Uma das pessoas que João conhecera com Roberto Menescal e Carlinhos Lyra fora o fotógrafo da Odeon, Chico Pereira. Pela quantidade de hobbies a que Chico dispensava total dediacação - som, jazz, aviação, pesca submarina -, era difícil imaginar como lhe sobrava tempo para fazer um único clique como fotógrafo. Mesmo assim, Pereira conseguia dar conta das fotos de todas as capas da Odeon. Menescal era seu companheiro de pesca e os dois eram também irmãos em Dave Brubeck. Quando João Gilberto cantou pela primeira vez em seu apartamento, na rua Fernando Mendes, levado por Menescal, Chico experimentou a mesma sensação que tivera ao conhecer o fundo do mar. Com a vantagem de que a voz e o violão de João Gilberto podiam ser capturados. Não perdeu tempo: assestou um microfone, alimentou seu gravador Grundig com um rolo virgem e deixou-o rodar. Foi a primeira das muitas fitas que gravaria com João Gilberto em sua casa.

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Antes mesmo que o 78 de "Chega de Saudade" invadisse as rádios - antes mesmo de ter saído o disco -, fitas domésticas de rolo, contendo a voz e o violão de João Gilberto já circulavam pela Zona Sul. Circulavam é força de expressão. Poucos possuíam gravadores naqueles tempos pré-cassete, o que limitava a audiência de uma fita aos amigos do dono do gravador. Uma dessas fitas tinha sido gravada pelo fotógrafo Chico Pereira, felizmente um homem cheio de amigos; outra, pelo cantor Luís Cláudio. Em quase todas João Gilberto cantava "Bim Bom", "Hô-ba-la-lá", "Aos pés da cruz", "Chega de Saudade" e coisas que nunca gravaria em disco, como "Louco", de Henrique de Almeida e Wilson Batista, e "Barquinho de Papel", de Carlinhos Lyra.

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Bluchanga



Esta foto histórica fue tomada en un club del Bronx de nombre Club Cubano Interamericano en 1962.

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Daqui.

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